Quanto rendem 100 ações da Eletrobras (ELET3; ELET6)?
As ações da Eletrobras (ELET3; ELET6), gigante de energia elétrica e a maior do setor na bolsa de valores, surfou uma alta desde sua privatização em junho de 2022. Já no curtíssimo prazo, o investidor pode ter se beneficiado de guinadas da gestão para melhorar a eficiência da companhia.
Quer saber, portanto, quanto rendem as ações da Eletrobras em 3, 6, 12 e 24 meses? Veja os cálculos abaixo, feitos pelo analista da Valor Investimentos Felipe Leão.
Quanto renderam 100 ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) em 3 meses?
As ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) foram uma boa aposta no curtíssimo prazo para um investimento tático. Um relatório do Itaú BBA aponta que a alta desde novembro veio graças a uma revisão nos preços de energia, provocada pela “deterioração da época de chuvas e alta na demanda” pelos próximos meses.
Ainda como um gatilho de curto prazo da ação está a incorporação da subsidiária Furnas pela Eletrobras. A decisão, aprovada em Assembleia Geral Extraordinária em 11 de janeiro, levou a uma nova alta do papel, mostra o relatório do Itaú BBA.
Assim, nos cálculos de Leão, quem comprou ações ON (ELET3) ou PN classe B (ELET6) há três meses obteve um rendimento de 21,97% e 22,83%, respectivamente.
Ao comprar 100 ações ordinárias, o investidor desembolsou R$ 3.500 e terminou o investimento com R$ 4.268,95 caso tenha vendido sua posição. No caso da ação PN de Eletrobras, o saldo final é de R$ 4.726,50, contra um investimento inicial de R$ 3.848.
E em 6 meses, qual o rendimento?
No recorte de um semestre, o retorno das ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) diminui quando comparado com o de três meses.
Neste período, o ex-CEO da Eletrobras Wilson Ferreira Júnior renunciou ao cargo. No dia da saída de Ferreira Júnior, o papel ordinário da Eletrobras caiu 3%, como mostra um gráfico elaborado pelo Itaú BBA.
De acordo com a estimativa do analista da Valor Investimentos, as ações ON (ELET3) subiram 8,94% em seis meses. Já as preferenciais (ELET6) se valorizaram em 9,01%.
O acionista teria pago mais caro pelos papéis há seis meses ante três meses. Para comprar 100 ações ELET3, o valor teria sido de R$ 3.810, enquanto o retorno teria sido R$ 340,61. Com a mesma quantidade de ELET6, o valor inicial de R$ 4.311 saltou para R$ 4.699,42.
Quanto renderam as ações da Eletrobras em um ano?
Em 12 meses, por outro lado, as ações ON da Eletrobras (ELET3) trouxeram prejuízo para o acionista. Nos cálculos de Felipe Leão, o papel teve retorno negativo de 0,24%.
Para um investimento inicial de R$ 4.085 na compra de 100 ações ELET3, o acionista teria terminado com saldo de R$ 4.075,20.
O papel sofreu depreciação no segundo trimestre de 2022 com uma ação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para revogar o limite de participação do governo no capital votante da Eletrobras. O processo foi protocolado como uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação preferencial, contudo, manteve-se no azul no recorte de 12 meses. A estimativa de Leão mostra que as ações ELET6 renderam 11,08% ao acionista. Ou seja, se a pessoa investiu em 100 ações, começou com R$ 4.200 e terminou embolsando R$ 4,665,36.
Ações da Eletrobras vão melhor no longo prazo?
Tudo aponta que sim. As ações da Eletrobras ON (ELET3) e PN (ELET6) renderam 42,89% e 63,18%, respectivamente. Ou seja, tiveram seu melhor desempenho na série analisada pela Inteligência Financeira.
Para comprar 100 ações ON há dois anos, o acionista teria pago R$ 3.344. No total, o saldo foi de R$ 4.778,24.
No mesmo período, a compra de 100 ações ELET6 por R$ 3.312 teria resultado em um valor final de R$ 5.404,52.
Vale a pena investir em ações da Eletrobras (ELET3; ELET6)?
O Itaú BBA acredita que o papel da Eletrobras deve superar expectativas do mercado e mantém recomendação de compra para as ações (ELET3; ELET6). O preço-alvo do banco para o ativo ordinário é de R$ 53,5, enquanto o atual preço de Eletrobras ON na bolsa é de R$ 41,71.
Em análise, o time do Itaú BBA aponta que a ação da Eletrobras (ELET3) tem “mais chances de uma potencial valorização” do que riscos que levem à desvalorização do papel.
Para a ação da gigante de geração, transmissão e distribuição de energia se valorizar, o Itaú BBA enxerga alguns caminhos. O primeiro é a resolução da disputa do governo para aumentar o capital votante na Eletrobras, mas a favor da empresa. Em segundo lugar está a venda de ativos termoelétricos “a preços atrativos”.
Qual o risco de investir em Eletrobras?
Por fim, o banco de investimentos vê riscos das ações de Eletrobras caírem caso a empresa perca o processo no STF. Além disso, se a companhia não finalizar a usina nuclear Angra 3 com custos atrativos, o papel pode cair.
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